Casal de Brasília curte a vida após os 60 nas trilhas do Cerapió

Todo mundo sonha em chegar aos 60 anos com saúde. Mas para um caravaneiro do Cerapió poder chegar a essa idade vivendo a adrenalina das trilhas off road também faz parte do sonho. Esse foi o objetivo atingido pelo casal Margaret Albuquerque e Márcio Menke que já garantiu a sua inscrição para a modalidade Carros Expedição em 2024.

Os caminhos que trouxeram o casal que mora em Brasília para as trilhas de Ceará, Piauí e Maranhão foram abertos por uma paixão do filho Daniel. Há cerca de 10 anos, ele se casou com a parnaibana Camilla e se mudou para o litoral piauiense. Essa foi a largada para Margaret e Márcio, que já adoravam uma estrada, virem regularmente ao Piauí para visitar filho, nora e os netos Liz e Levi.

Pouco tempo depois, mais uma paixão iria aparecer na vida do casal. Dessa vez, o mote foi  um vendedor de concessionária que os estimulou a fazer um curso de direção off road para veículos 4x4. Depois das aulas, em 2015, Margaret e Márcio se apaixonaram pelo esporte a motor e vivem em expedições. Costumam participar de eventos em cidades que ficam a um dia de Brasília, mas já chegaram a ir até aos Andes argentinos, quando percorreram 10.000km em poucos dias.

Há dois anos, essa paixão pelas expedições encontrou o Cerapió. O amigo da equipe Buriti Rally, Nilson Lopes, que também já fez sua inscrição para 2024, convidou o casal a conhecer a prova. “Me encantei logo na primeira vez por conta das paisagens diferentes, da comida nordestina, das amizades, do sol e do calor da região. O Cerapió permite que a gente tenha experiências em trilhas bem diferentes das que percorremos em outros rallys”, relata Margaret Albuquerque.

Nascida em Natal, no Rio Grande do Norte, ela lembra, com vergonha e simpatia, que no primeiro ano que esteve no Cerapió, em 2022, atolou em uma duna. Nada que tenha abalado o casal, que voltou ao evento em 2023. Com Márcio no volante e Margaret na navegação, eles se preparam para pilotar pela primeira vez pelas serras do Ceará e do Piauí. Movida novamente pela paixão, a navegadora se recupera de uma cirurgia no ombro que a tirou por alguns meses das trilhas, mas ela já disse ao médico que do Cerapió ela não vai poder ficar sem participar.